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Graxarias - Panorama do setor
Uma graxaria é uma empresa especializada na coleta e no processamento de resíduos de matadouros, açougues e peixarias, como ossos, sangue, penas, gordura, vísceras, chifres, cascos e outros materiais não destinados ao consumo humano e que, portanto, seriam descartados.
Na graxaria, esses tecidos e resíduos são transformados em produtos como sebo, gordura de uso industrial, sabão e farinhas que, mais tarde, podem ser usadas para fazer adubo e ração. Assim, essas partes de animais que não servem para o consumo direto podem ser aproveitadas.
O setor de graxaria é importantíssimo dentro do agronegócio, já que é responsável pelo processamento de subprodutos de origem animal não-alimentícios e ajuda a evitar desperdícios na indústria.
A atividade do setor de graxaria é essencial para preservar o meio ambiente e conferir mais sustentabilidade aos processos do agronegócio. Além de permitir aproveitar melhor os recursos e evitar desperdícios, ela evita que os subprodutos de origem animal, que são perecíveis, sejam descartados ao léu e, assim, poluam a água e o ar e degradem o solo.
Assim, as graxarias se apresentam como uma alternativa para o total aproveitamento dos resíduos de abates, evitando que produtos inadequados para o consumo se percam. Vale lembrar que elas não processam somente os subprodutos não-comestíveis da atividade pecuária, mas também alimentos impróprios retidos pela vigilância sanitária.
Nesse sentido, as graxarias constituem uma solução mais sustentável para a destinação desse material, impedindo que ele seja revendido e consumido e gere danos à saúde pública.
Entre os principais produtos dessas empresas podemos citar:
- Glicerina;
- Sebo;
- Ácido Graxo;
- Ácido Oleico;
- Ácido Esteárico;
- Farinhas de Carne, ossos, penas, etc
O setor de graxaria também produz derivados importantes, como:
- Sabão;
- Sabonete;
- Shampoo;
- Batom;
- Amaciante;
- Ração;
- Borracha;
- Xarope;
- Tinta;
- Pigmentos;
- Verniz;
- Biodiesel;
- Insumos para a Indústria Química
Quais os principais desafios do setor da graxaria?
O setor de graxaria foi muito impactado pela crise sanitária causada pela pandemia de Covid-19. O mercado de subprodutos de origem animal foi muito afetado, sobretudo devido à escassez de matérias-primas, da diminuição de abates e da redução da demanda nos mercados interno e externo.
Vários países suspenderam os contratos de importação, incluindo a China, nosso maior parceiro comercial. Essa diminuição na demanda levou a uma queda na produção dos frigoríficos e reduziu as expectativas de crescimento do setor como um todo. Agora, as coisas estão pouco a pouco voltando ao normal, e o desafio é manter a expansão em níveis saudáveis.
Outra questão delicada que o setor precisa enfrentar é o “preconceito” e a desinformação acerca das atividades do setor, por se tratar de uma parte do agronegócio voltada para o processamento de subprodutos animais que não se prestam ao consumo.
Por isso, um dos grandes desafios do Sindicato Nacional dos Coletores e Beneficiadores de Subprodutos de Origem Animal (Sincobesp), que representa as empresas ligadas ao setor, é defender a imagem das graxarias, mediar o diálogo com os órgãos ambientais e conscientizar a comunidade acerca da importância dessa atividade.
Por exemplo, as comunidades que vivem no entorno de graxarias costumam se incomodar com os odores gerados. Assim, investir em tecnologias mais avançadas e buscar outras formas de contornar esse problema também são prerrogativas das empresas do setor.
AGRONEGÓCIO NO BRASIL: Qual a importância do setor para o país?
Você já parou para pensar o quanto o agronegócio no Brasil é importante? Pois saiba que hoje é um setor econômico fundamental em nosso país, formado por diversas cadeias produtivas ou atividades agrícolas que ocupam um papel importante na nossa rotina e se isso é tão presente assim, é bom estar por dentro do que acontece.
O agronegócio pode ser compreendido como a soma total das operações de produção e distribuição de suprimentos agrícolas, das operações de produção na unidade de produção, do armazenamento, do processamento e da distribuição dos produtos agrícolas e dos itens produzidos por meio deles.
Uma atividade de destaque e relevância para o desenvolvimento brasileiro ao longo de sua história.
Nos últimos anos, o agronegócio tem assumido uma merecida posição de destaque no debate econômico e nas grandes pautas de discussão no Brasil, com ampla repercussão midiática.
O setor vem ganhando os holofotes, devido às suas capacidades de expansão de produtividade e produção e de geração de oportunidades de emprego em várias regiões.
O Agronegócio encontra-se atualmente como o maior negócio da economia brasileira, sendo uma das principais locomotivas do progresso do país.
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,9% nos primeiros três meses de 2023 em relação ao trimestre anterior, bem acima das expectativas projetadas. O percentual foi divulgado no dia 1/6, pelo IBGE. Na comparação com o mesmo período de 2022, o crescimento foi de 4%. Levando em conta o acumulado dos quatro últimos trimestres, a alta é de 3,3%.
O AGRONEGÓCIO é um dos maiores responsáveis pelo aumento do PIB Brasileiro, pois, o setor começou 2023 com um superávit de US$8,69 bilhões, bem acima do superávit de US$2,61 bilhões da balança comercial total (que considera produtos de todos os setores). O valor das exportações brasileiras bateu novo recorde: US$10,22 bilhões, com alta de 16,4% na comparação com o primeiro trimestre do ano de 2022.
O Brasil é o terceiro maior exportador de milho, atrás dos Estados Unidos e da Argentina. Graças à abertura do mercado chinês e a queda da safra norte-americana, o Brasil pôde aumentar sua participação em 2023. Apesar de ser a segunda maior produtora mundial de milho, a China depende do mercado internacional para consumo doméstico, e está em busca de novos fornecedores que possam substituir os Estados Unidos.
Além do milho, outros destaques no que diz respeito às exportações foram o açúcar, a carne de frango e a carne suína, com aumentos de 67,7%, 38,9% e 32,0% no valor, respectivamente. O trio que apresentou significativa elevação na quantidade e no preço, em comparação com o mesmo período do ano passado, representou 36,1% da pauta de exportação total do mês passado, junto com o milho.
“Com expectativa de boa produção no Brasil e de maior participação do milho brasileiro no mercado internacional, o agronegócio poderá fechar 2023 com contribuição ainda maior na balança comercial total do país.”
14/06/2023
Brasil rumo ao topo na exportação de farelo de soja.
A comercialização brasileira da safra 2022/23 de soja atingiu 58,6% da produção esperada até o início de junho, avanço mensal de 7 pontos percentuais, com produtores precisando vender, apesar dos preços mais baixos, para cumprir compromissos financeiros e liberar silos, segundo avaliação da consultoria Datagro publicada nesta sexta-feira.
Apesar do avanço mensal, o índice de comercialização da safra com colheita já encerrada está muito abaixo dos 69,9% em igual período do ano passado, do recorde de 87,5% da temporada 2019/20 e da média dos últimos cinco anos (75,2%) para esta época.
“Confirmando nossa expectativa, e a exemplo do que vimos nos meses anteriores, essas vendas aconteceram mesmo com nova queda expressiva nos preços”, disse o economista e líder de pesquisa da Datagro Grãos, Flávio Roberto de França Junior, em nota.
Segundo ele, os produtores foram “forçados” a vender para cumprir compromissos financeiros assumidos anteriormente, principalmente os relacionados aos gastos em custeio.
Ele também comentou que há a “necessidade de esvaziar os armazéns para se preparar para o recebimento de uma safra recorde de milho, que começa a entrar no mercado a partir deste mês”.
Considerando a estimativa de produção atualizada em 155,9 milhões de toneladas, os sojicultores brasileiros negociaram, até a data analisada, 91,4 milhões de toneladas.
O indicador do preço da soja em Paranaguá (PR) está em 135,53 reais a saca, versus 196,63 reais vistos na mesma época do ano passado, segundo dados do Cepea/Esalq. Em relação ao valor registrado há um mês, a commodity recuou no porto paranaense mais de 4%.
No caso da safra de soja 2023/24, que começa a ser plantada em meados de setembro em Mato Grosso, o mês de maio foi novamente de negociações “tímidas”, disse a Datagro.
Segundo a consultoria, o produtor fixou vendas para apenas 6,5% da expectativa de produção, avanço mensal de 2,2 pontos percentuais. Dessa forma, o ritmo permanece distante dos 11,7% compromissados em 2022, dos 33,1% do recorde da safra 2020/21 e da média plurianual, de 17,6%, para o período.
Milho
No caso do milho, a consultoria apontou que a comercialização da safra de verão 2022/23 no centro-sul do Brasil avançou 9,3 pontos percentuais, abaixo da média normal para o período. Com isso, as vendas alcançaram 49,2% da produção esperada, contra 58,6% em igual momento de 2022 e 64,4% na média dos últimos cinco anos.
A comercialização da safra de inverno 2023 da região centro-sul, revisada para 92,9 milhões de toneladas, chegou a 34,3%, contra 26,7% no levantamento anterior, 38,6% na mesma data do ano passado e média dos últimos cinco anos de 51,3%.
Fonte: Reuters
13/06/2023